30 de janeiro de 2012

O destino; e toda a sua malícia

Fazem exatos 30 minutos que estou encarando esse grande quadrado branco sem saber ao certo sobre o que devo escrever. Pensei em lutas, em vingança, em derrota, em amor, em sentimentos, em simplicidade, em coisas complexas. Cada um dos meus planos falharam. Talvez, fosse a hora perfeita para deixar a máscara cair. O momento ideal de transparecer o rosto por trás de toda essa armação. Esse rosto é humano. É feito de carne, osso e pele. E, como todo humano, essa identidade, há pouco desconhecida, tinha total e pleno direito de errar. De tropeçar. De cometer erros. Esse humano, por tanto tempo desprezível, deveria ter uma história. Algo interessante e dramático, que pudesse, só então, justificar cada um de seus atos psicóticos. Mas não havia nada. Não havia uma única morte violenta. Não havia uma justa causa de vingança. Não havia simplesmente nada. Apenas uma mente doente, um traço psicodélico em seu olhar. Então, a máscara deslizou novamente sobre seu rosto. Às vezes, o grande fingimento é a justificava em si. Estava crente nisso.