30 de abril de 2011

Hora da verdade


 Sinto sua falta. Mesmo mentindo para mim, mesmo falando centenas de vezes na frente do espelho que eu não preciso de você, que eu não quero você ao meu lado, eu estive mentindo. É. Eu estou sendo sincera, para variar. Estou começando a achar que, este tempo todo, o meu coração tem sido sádico. Que ele gosta de me ver correndo atrás de você, de me ver caindo, de me despedaçar em mil pedaços, como um cristal delicado, que com qualquer tropeço, se desmantela.
  Cansaram de me falar que o tempo cura, principalmente corações partidos. E desde então tenho esperado, esperado, esperado, esperado. Nada. É como se cada hora que passa, a dor só se expande, só me deixa mais claro que te esquecer não vai ser tão fácil. 
  Por quê? Por que eu te conheci? Por que me esquecer foi tão fácil para você? Por que eu me iludo, crio esperanças e situações que jamais vão acontecer? Por que eu ainda te amo?

26 de abril de 2011

É mais forte do que eu

         
          Ás vezes, me pego pensando em que postar no blog. É algo involuntário, como se  minha cabeça processasse como uma obrigação, algo que não posso deixar de fazer, ou as conseqüências seriam ruins. De fato, muitas idéias me atingem. Algumas eu consigo me basear, e tirar, no mínimo, algumas linhas. Mas a maioria acaba indo para o ralo. Mas de vez, em vez, uma idéia me acerta de repente, como um soco. Em seguida me encontro procurando desesperadamente um papel para descontar tudo que o pensei, acrescentando e tirando. No final, quando passo pro computador, tudo está muito diferente do que havia pensando. Mas, mesmo assim, continua sendo um post, então me sinto completamente feliz.
        Não vou contar quantas vezes já me vi querendo largar tudo, ter uma ocupação a menos. Porém, escrever é o que me deixa alegre. Preserva minha sanidade, transforma o mundo em um lugar mais suportável, indolor. Meus cadernos, por outro lado, são os que mais sofrem nisso tudo. Passo as aulas chatas de português escrevendo, afinal, praticando, certo? Muitos assuntos nasceram lá mesmo. Como a zona de conforto, do último post. Minha professora tinha citado algo do tipo, sobre como ela sai da própria zona de conforto quando está sem óculos. O resto do texto foi brotando na minha cabeça mais rápido do que minhas mãos conseguiam escrever, mas consegui.
       Realmente, não sei porque estou escrevendo sobre isso. Tantos assuntos que podia trabalhar de maneiras diversificadas. Mas esse assunto me chamou a atenção, e não me deixou largá-lo fácil. Provavelmente porque queria mostrar para vocês como esse blog é minha necessidade. Não consigo parar de escrever. E provavelmente não consigo parar de publicar o que escrevo. É mais forte do que eu.

20 de abril de 2011

E quando percebeu, era tarde demais


Era sua zona de conforto. Nada saia ou entrava dali. Nunca. Jamais. E talvez por isso o choque fora tão grande quando foi, praticamente, empurrada para fora desta. Seus hábitos continuavam os mesmos, mas mesmo assim era comum se pegar esperando por ele, quando, no fundo, sabia que ele não voltaria. Era tão comum quanto se encontrar a frente do espelho, praticando discursos e mais discursos, tudo o que sentia e o que deixou de sentir. Jurou solenemente repetir as palavras a ele, que se não fizesse, iria se castigar. Não preciso comentar que tudo não saiu dali; da frente do espelho. E mesmo assim, como iria se castigar? O que poderia ser pior do que ser expulsa de sua própria zona de conforto? De sua própria fuga, quem diria.

15 de abril de 2011

Epílogo

                                                                                                            
Não era o fim do mundo. Este ainda continuava firme, aguentando com determinação os maltrados de suas próprias crias. Definitivamente o mundo concreto não iria acabar, não hoje, não agora. Não que fisesse diferença, o mundo poderia explodir, ela não ligaria. Era o fim de seu mundo. O fim de tudo que chegou a acreditar, tudo que pode sonhar. Esperança ainda pulsava em suas veias, como uma promessa vaga a si mesma que não desistira. Porém cada palavra foi desbotada com um nó que invadira sua garganta. Lutou, lutou com unhas e dentes, isso ninguém poderia negar. Mas agora nada mais valia a pena, porque no momento em que seu mundo desmoronara, ela desmoronou junto, sendo levada pela avalanche que ivadiou se coração voraz.

4 de abril de 2011

Para eu mesma no futuro…


"Olá futura eu e então, como estamos? Será que a gente tomou as decisões certas? Será que não cansamos de perseguir nossos sonhos? A gente ainda se emociona com as mesmas coisas? Ainda gosta das mesmas coisas? Me pergunto se a gente ainda comete os mesmos erros. Ficamos ricas? Encontramos a cura pro tédio? Aprendemos a perdoar? Será que a gente tem coisas interessantes para dizer? A gente continua recebendo elogios? Será que chegamos lá? E se chegamos, o lá continua lá? Mas, o mais importante… Estamos felizes? Se eu nos conheço bem, devemos estar. Onde quer que você chegue, chegue linda. A vida é bonita, mas, pode ser linda."
                                                     Artista Desconhecido