8 de março de 2012

Lobotomia

E de um começo derradeiro à um turbilhão de dúvidas. Uma culpa, um acúmulo. Uma necessidade de se libertar das grandes correntes que nos prendem. Estamos presos, envoltos, sufocados. Tão difícil libertar do próprio peso que afundamos. Afundamos. E a necessidade de mudar, de tornar o sofrimento humano em algo melhor. Dor. A dor psicológica que aflige nossos pensamentos, que manipulam nossas mentes. E então, o ódio. A penúltima etapa. A mais difícil de ser ultrapassada. O ódio te ensina a andar, a comer, a respirar, a viver. O ódio é tudo na vida. A dependência sobre ele se torna viciosa, violenta. Medo. O medo te consome. Não como um novo substituto para a raiva, mas como um grande aliado. Juntos, eles te fazem se arrepender, sofrer, chorar, sangrar.
E então o silêncio. O denso. O intenso. O imenso silêncio.
Principalmente liberdade. Não havia mais dor, sofrimento. Apenas a tão doce insípida liberdade. Nada que nos predesse, nada que nos impedisse. Só vazio. O paraíso.

Um comentário:

Isabel disse...

seus textos são muito bons. sinceros e profundos. parabéns :D