23 de novembro de 2011

Mudança



As coisas, mudaram, não? Eu posso me lembrar daqueles tempos. Mesmo que toda essa loucura tenha ocorrido há apenas poucos meses, é como se anos luz tivessem emergido entre nós dois. Eu sinto sua falta. É claro. E, ao mesmo tempo, gosto das coisas como estão. Eu gosto de poder rir e chorar, escrever e apagar - gosto de poder viver sem me sentir presa. Principalmente, de não me arrepender de atos precipitados, de palavras mal colocadas, de uma humilhação constante. Gosto de como tudo está. É claro. Ás vezes, você realmente faz falta. Eu nunca fumei, mas já ouvi relatos que, quando você quer parar com o vício, tem recaídas. Necessidades loucas de apenas uma tragada. Exemplo horrível, eu sei, porém é assim com você. Eu quero apenas ouvir sua voz, sentir seu cheiro. Apenas uma vez, e pronto. Embora todo fumante deva afirmar; vença as recaídas e logo estará livre uma vez de seu vício. Talvez eu esteja apenas com medo de me desapegar, com medo de me sentir de outra forma. Afinal, as coisas mudaram.

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